21 julho 2016

Tudo sobre pombos

Por conhecer bem estas aves que tão incompreendidas são, partilho com os leitores deste blogue, alguns links onde se encontra informação para quem as queira ajudar. Clique nas imagens.









Sintomas dos doenças 




Universidade do Minho estuda o comportamento dos pombos
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Doenças de Pombo: realidade ou mito

Dr. Roberto Kelly Vidinha – Médico Veterinário
Preocupados com notícias distorcidas veiculadas pela imprensa e repetidas por autoridades mal informadas sobre doenças que seriam transmitidas por pombos ou seus dejetos;

Conscientes de que estas informações pseudocientíficas prejudicam a toda uma espécie, pois atemorizam a população e induzem a preconceitos;

Gostaríamos de esclarecer que:

O pombo não é portador de nenhuma doença exclusiva, não existindo a famosa “DOENÇA DE POMBOS”.

A TOXOPLASMOSE não é transmitida diretamente ao homem pelo pombo, pois neste, o parasita não desenvolve totalmente o seu ciclo vital e reprodutivo, condição indispensável para se tornar infeccioso ao ser humano. A principal fonte de toxoplasmose é a ingestão de carnes contaminadas, mal cozidas, e verduras mal lavadas.

Doenças transmitidas por fungos que se desenvolvem em dejetos como a HISTOPLASMOSE e a CRIPTOCOCOSE são originárias, também, de fezes de outros animais, inclusive de fezes humanas, de solo orgânico e até de frutas podres. Esses fungos necessitam de condições especiais para se desenvolver e se multiplicar, não resistindo ao sol e a altas temperaturas do nosso clima ( o fungo histoplasma morre aos 40o e o criptococus aos 44o C), portanto asfalto, praças abertas, areias ensolaradas e parapeitos não são ambientes favoráveis aos fungos. A histoplasmose é também conhecida como “DOENÇA DAS CAVERNAS”, pois neste ambiente fechado, escuro, úmido e com grande acúmulo de matéria orgânica (ex: fezes de morcego) é que o fungo encontra condições ótimas para se desenvolver.

A ORNITOSE, ou PSITACOSE, ou CLAMIDIOSE é uma doença que atinge muitas aves e mamíferos, inclusive o homem. No entanto, estudos indicam que não existe apenas um tipo do fungo clamídia e que o ser humano é mais sensível ao grupo das clamídias transmitidas por psitacídios (papagaios, periquitos, etc), sendo necessário para que haja contaminação, um contato íntimo com a ave doente. AVES SAUDÁVEIS NÃO SÃO TRANSMISSORAS DE TAL DOENÇA.

Pesquisas sobre a salmonelose demonstram que o pombo não é um transmissor importante. A salmonela é uma bactéria encontrada até em ovo de galinha e é praticamente sinônimo de comida estragada.

Quanto à tuberculose aviária, como o próprio nome indica, é diferente da tuberculose humana e bovina. Comum a todas as aves, essa bactéria pode ser encontrada em muitos lugares (no solo, em ostras e até no leite fresco). Ratos e outros animais podem ser portadores eventuais. O sol destrói o bacilo em poucas horas, porém ele pode sobreviver por muito tempo na água ou no esgoto. Apesar do homem ter forte resistência ao bacilo, suas principais fontes de contágio são carne mal cozida e leite mal fervido.

O famoso “PIOLHO DE POMBO” não é o mesmo piolho que infesta os humanos. São ácaros também encontrados em outras aves urbanas e silvestres. Mesmo que, eventualmente passem para as pessoas que tenham contato íntimo com aves, eles não sobrevivem mais que algumas horas e não trazem nenhum mal.

Geralmente, as vítimas reais de doenças de aves, são criadores que possuem grande quantidade de pássaros, em ambientes fechados, escuros, úmidos, sem padrões de higiene e sem acompanhamento de um profissional veterinário. O contágio apenas por proximidade ou convivência com aves é difícil e pouco provável.






O pombo-comum (Columba livia), também conhecido como pombo-doméstico, ou pombo-das-rochas, pertencem à família Columbidae. Este animal é um velho servidor do homem. No Antigo Egito já era usada como mensageira, e assim continuou ao longo de séculos. Muito resistentes e dotada de um espantoso sentido de direção, um pombo-correio bem treinado pode voar mais de 1500 km até atingir seu destino.

São encontradas em quase todo o mundo, exceto nas regiões polares. Vivem em bandos de, às vezes, milhares de indivíduos. Podem viver por muito tempo, podendo chegar até os 35 anos de vida.

Uma de suas características físicas que ajudam a distinguir os pombos de outros pássaros é a presença de ceromas nasais, que são carnosidades localizadas na base do bico e recobertas de pele macia e brilhante. Sua dieta é composta de grãos de diversos cereais (trigo, cevada, milho, aveia), de caracóis, insetos e minhocas.

Na época do acasalamento, o macho corteja a fêmea arrulhando. Caso ela aceite a corte, trocam carícias semelhantes a beijos. Um casamento entre pombos é para sempre. Fiéis e amorosos, macho e fêmea permanecem juntos a vida inteira. Quando um morre, o que sobrevive leva algum tempo para acasalar de novo.

A fêmea tem seis ninhadas por ano, em geral de dois filhotes, que ficam cerca de um mês no ninho, aos cuidados dos pais, que fornece o “leite de pomba”. Este, por sua vez, é secretado pelas paredes da moela dos pais. Diluído em água, é o único alimento dos filhotes nos primeiros dias de vida, sendo que em seguida, a dieta é enriquecida com sementes semidigeridas que os pais regurgitam diretamente no papo dos filhotes. É o “leite de pomba” que permite aos filhotes sobreviverem mesmo nas épocas de escassez de insetos ou outras fontes de alimentos.





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